Seguindo o modelo de parceria firmado com instituições de ensino superior no Espírito Santo, a Aracruz Celulose busca agora firmar convênios com universidades gaúchas. A multinacional pretende firmar acordos com a UFRGS, UFSM e UFPEL para realização de pesquisas, principalmente desenvolvimento de mudas de eucalipto.
Segundo o protocolo de intenções entre a Aracruz e a faculdade de Agronomia que atualmente tramita no Conselho Universitário (CONSUN) da UFRGS, a empresa forneceria financiamento para pesquisas de seu interesse e a universidade entraria com os recursos físicos e humanos. O grau de sigilo da pesquisa, absurdamente, ficaria para ser combinado entre a empresa e a instituição, podendo em alguns casos chegar a segredo absoluto sobre os resultados obtidos. As propostas feitas as outras federais gaúchas são muito parecidas.
Na última reunião do CONSUN da UFRGS, em Janeiro desse ano, o Diretório Central dos Estudantes pediu vista ao processo, e após análise emitiu parecer contrário à parceria. Os principais motivos são a possibilidade de sigilo sobre pesquisas realizadas em instituições públicas (usando recursos humanos e físicos dessas) e a interferência na autonomia de decisão da universidade sobre o rumo de seus estudos.
Segundo o professor da UFSM, Renato Záchia, a Aracruz busca esse tipo de parceria porque apenas nas universidades é possível contar com profissionais qualificados a baixos custos. Segundo ele "Essas empresas procuram as universidades para comprometer as faculdades públicas, que são praticamente o único setor do país em que podes fazer pesquisa livremente."
Veja o parecer do DCE da UFRGS na íntegra: http://www.esquerdasocialista.org/site2006/site/?inc=noticia_mostra&cod_noticia=240
Um comentário:
que absurdo!
quebrar tudo é a solução.
Postar um comentário