segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

(INTERNACIONAL) Exército israelense faz incursão em Nablus, na Cisjordânia

Na maior operação na região em meses o exército de Israel entrou na cidade nesse domingo com aproximadamente 100 veículos, entre carros blindados e escavadeiras, e impôs toque de recolher a população. As estradas até Nablus foram fechadas e vários prédios, entre eles os dois maiores hospitais da cidade, cercados. Escolas e uma universidade fecharam as portas após o inicio da operação, que tem tempo de duração indeterminado.

As rádios da cidade foram tomadas e a programação da televisão interrompida. Usando esses veículos de comunicação as tropas israelenses revelaram o nome dos militantes procurados (membros da Jihad Islâmica e da Brigada dos Mártires de Al Aqsa, ligada ao Fatah) e alertaram a população sobre as consequências de abrigar os fugitivos.

Desde o inicio da operação 16 palestinos ficaram feridos, 30 casas foram derrubadas e dezenas de pessoas foram presas, entre elas 3 combatentes procurados, segundo fontes militares. Nesse segunda-feira (26) um palestino foi morto a tiros em Nablus. O homem, de 50 anos, foi atingido no pescoço por disparos em local próximo ao velho centro da cidade, que está cercado pelo exército de Israel. Seu filho sofreu ferimentos nas pernas.

Fontes militares afirmam que foram encontrados dois esconderijos de armas na cidade. As tropas teriam encontrados explosivos e misseis nos locais.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Mahmoud Abbas classificou a ação de "escandalosa agressão" e disse que o ataque "Poderia minar a frágil trégua entre Israel e a ANP".

O Hamas, partido radical islâmico que controla o governo palestino, manteve sua resolução de não reconhecer o direito do Estado de Israel existir. Desse modo está mantido o embargo econômico aos palestinos, que já causou, até o momento uma queda de 21% do PIB da região.

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